terça-feira, 3 de março de 2009

Inexato

O que eu só escuto quando cai a noite:
- Um silêncio bruto
- Um véu de chumbo
A saudade de um tempo que nunca soube chegar
- Um desejo oculto
- Um sinal de luto
Um coração desesperado sem ter o que esperar

Quando o caos é um cais
O olhar é um oceano no rosto
Represando o que já não pode mais esperar...
Tem que haver um sentido
Quando não é sensato usar do senso-crítico
Quando o possível é impossível de se aceitar

Quando o espelho te aponta o culpado
Pelo local exato onde você está...
É o limite extremo de qualquer caminho errado
Sonhos que não te deixam dormir
Dias que torna impossível acordar

Mais uma noite interminável em que cai a chuva
Denunciando o quanto a vida é curta
Para que não sejamos tão pequenos ao caminhar
Pode até ser minha marca
Pode ser para sempre
Mas não será sempre que vou acatar
O que só eu escuto quando a noite vem me visitar

Um silêncio bruto
Um véu de chumbo
Um sinal de luto
Para o que anda vivo em algum lugar

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