A fé de quem nem sabe como chegou vivo
Em meio ao mar de gente, sempre foi mais um escondido
Com os joelhos calejados de orações e horários
Criou filhos e netos no milagre de multiplicar salários
Agora dorme velho e solitário
Aguardando mais um dia que vai surgir
Para mais uma vez colar a cabeça no vidro do coletivo
E sentir o peso e a angústia do novo mundo nos olhos
Ele já nem entende bem porque mudou tanta coisa por aqui
Apenas baixa a cabeça e sussurra para ninguém ouvir:
“Que Deus guarde os que andam comigo”
Ele levanta a cabeça e lembra dos filhos
Com a fé de quem nem sabe de onde tira tanta fé assim
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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