quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Bravo

Será que é possível?
Somos do tipo que só tem coração
Coragem de tangenciar o invisível
Vê o horizonte e estender a mão...

A gente rir dos jingles
E assobia outro mundo em frente à televisão
Indaga-se se poesia é virtude ou vício
Transformando moinhos em gigantes e dragões

E a gente ousa e soa sempre na contramão
E a gente usa e sua os ventos da contradição
Em noites escuras
Madrugadas que parecem ser para sempre
Em previsões impossíveis
Em sonhos perdidos e já descrentes

Nós somos bravos e breves
Feito chuva com furacão
Não sabemos nem nossa própria medida
Ordem de grandeza é ilusão
Entre sobras e sombras
Vamos além do que está no espelho

Será que é possível
Somos do tipo que cai em contradição
Somos organismos vivos
Respirando as intempéries da mecanização
Mas somos bravos e diferentes

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