quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Couraça e coração

Quando me calo
Analiso calos
Dos meus pés feridos
Cheguei até aqui
Quem diria que seria assim?
Quantos acreditaram em mim?

Quem vê óculos escuros não vê olhos cansados
Quando em dias planejados me esforço para sorrir
Quem vê couraça não vê coração...
Quem vê mãos vazias não enxerga tudo o que carrego
Quando me calo...
...quando me perco no infinito do meu pequeno espaço...
...quando passo os dias a caminhar sem nem sentir...

Saiba você que ontem até lembrei
Do dia em que meu sonho, feito um trem, passa por aí
Eu te acenava e jogava ao vento tudo que eu sou
Mas quem vê olhos e não enxerga palavras
Deixa tanta coisa bela passar sem nem ouvir
Conta moedas
Canta tragédias
E não se encontra com o melhor de si

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