segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Literal...

Se eu calar e sobrar apenas o peso do olhar
Confrontando minha própria solidão...
...como quem se tranca para tentar achar algo puro no porão...
Talvez você consiga ver o que sempre quis dizer
Quando um pouco de silêncio era tudo o que eu queria

Quem sabe cruzar uma rua sem outdoors
Quem sabe me emocionar com uma alameda vazia
Sem precisar ser literal ou até mesmo está certo
Nunca quis te convencer com golpes de poesia
São minhas armas líricas para cruzar o mar
Que anda tão bravo que se confunde com mercadoria

Que tempo estranho é esse...
...que se afogam na mais rasa inquietação
Qual é de fato o seu lugar?
O que é fato e o que é ficção?

Se você souber que te enxergo com o coração
O que será que você vai pensar? No que acredita?
Se você souber que o desespero me provoca a ironia
Entenderia a medida exata do que fica pelas entrelinhas

Eu já tentei, mas não sei ser diferente
Bate dentro de mim e é mais forte que a gente
Talvez carregue dentro de mim onde quero chegar
Talvez só queira sair, mesmo sem ter para onde andar

Nenhum comentário:

Postar um comentário