terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Moedas na bolsa

Vejo as engrenagens de tempo de igualdade impostas sem sentir
Pessoas que acordam e dormem se limitando ao ato de existir
Como se a vida fosse construir aviões, ou sair em revistas
Saber a hora certa de aposta na bolsa ou dar entrevistas
Eu me seguro na minha caneta com força para não cair
O abismo já não nos deixa dedilhar violões
É preciso barulho desconexo que dure tempo suficiente para não prosseguir

Determinados e obcecados pelo padrão que descarta quem não é veloz
Para perceber que já mudou tudo o que nunca sequer existiu
Quem pensar que aguente a pressão e a dor de estar contrariado
Porque sempre vai haver anestesias neste shopping center febril

Quem pensa que sabe tudo nunca aprendeu o que de fato se deve perguntar
Dão as respostas antes que você crie coragem de duvidar
Para que sentir se é mais fácil ficar passível de uma reação
Mas nunca seremos tão iguais assim, aceite ou não
Há sempre alguém fora das estáticas, nas sombras das áreas previstas
Alguém que não consegue apenas apertar botões ou crer em jornalistas

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